Texto da Odontopediatra Dra Ana Marinho

Por volta dos 6 meses surgem os primeiros dentes, normalmente os incisivos centrais inferiores. No entanto, os timings da erupção dentária não são os mesmos para todos os bebés e uns podem ter uma dentição mais precoce e outros mais tardia.

Normalmente, os sinais da erupção dentária são salivação mais abundante (hipersalivação), gengivas edemaciadas na zona, maior irritabilidade, alteração da rotina do sono, perda de apetite, entre outros.

O desconforto causado pela erupção dentária pode ser aliviado utilizando um pano humedecido com água fria, oferecendo uma chupeta (caso usem chupeta), oferecendo mordedores com líquido refrigerador, mordedores de silicone ou mesmo um dedo limpo para massajar a gengiva e promover a erupção dentária.

Nesta fase o bebé tende a colocar tudo o que aparece na boca e, entre outras questões, para fazer uma espécie de automassagem das gengivas.

Quando os bebés já fazem uma alimentação diversificada, os pais podem oferecer banana, maçã ou cenoura cortada em palitos e colocada no frigorifico, de forma a que estes possam ir “roendo” esses alimentos. Se os bebés estiverem na fase de introdução de alimentos devem colocar os mesmos nas “redes de alimentação” para prevenir engasgamentos.

Os pais podem também aplicar um gel natural calmante na zona, por exemplo, com extratos de camomila.

Se mesmo recorrendo a estas técnicas não farmacológicas não conseguirem aliviar o desconforto da erupção dentária, podem fazer medicação analgésica como o paracetamol ou ibuprofeno ou mesmo anestésicos tópicos (estes com muito cuidado), devendo sempre nestes casos falar primeiro com o odontopediatra.

Se o seu bebé se encontra nesta fase, pode fazer a primeira consulta com o dentista, idealmente com um odontopediatra.

De relembrar que a primeira consulta deve ocorrer até ao primeiro ano de vida para o bebé ser avaliado e os pais informados sobre a erupção dentária, higiene oral, prevenção da instalação de hábitos deletérios, alimentação, entre outras questões.