Pneumonia: o que é?
A pneumonia é uma infeção localizada no pulmão, órgão responsável por oxigenar o sangue e eliminar o dióxido de carbono. Na maioria dos casos, é provocada por bactérias ou vírus, mas os fungos também podem ser agentes causadores.
Para entender a estrutura do pulmão, imagine uma árvore de cabeça para baixo: o tronco corresponde à traqueia, de onde saem dois galhos grandes, os brônquios, que dividem o lado direito e o esquerdo do pulmão. A partir deles, surge uma série de ramificações, que ficam cada vez mais finas, até chegar aos bronquíolos, que são as ramificações menores. Na ponta dos bronquíolos ficam os alvéolos, sacos microscópicos responsáveis pelas trocas gasosas. É nessa região que os agentes infecciosos da pneumonia se instalam, causando sintomas como febre acima de 38 graus, dor torácica e falta de ar.
As crianças com gripe ficam mais vulneráveis, com menor capacidade de defesa do organismo. As bactérias “aproveitam-se da situação” e podem se instalar causando uma pneumonia bacteriana.
Quando há algum quadro de infecção, seja na garganta, nos seios paranasais ou no ouvido, a criança pode inspirar as secreções infectadas com vírus ou bactérias, que se vão instalar no pulmão. Se essas secreções contaminarem os alvéolos pulmonares, passamos a ter um quadro de pneumonia, se ficarem nos brônquios, passamos a ter um quadro clínico de bronquite.
Mas a pneumonia não começa necessariamente só com a gripe. Algumas crianças podem desenvolver a infecção assim que são atacadas por uma série de vírus – pneumonia viral.
Como diferenciar uma gripe forte de pneumonia?
Preste atenção aos sintomas: na pneumonia, a febre é mais prolongada, o cansaço é maior e as tosses são acompanhadas de dor. Se a gripe for causada pelo vírus influenza a probabilidade de a doença atingir o pulmão é ainda maior, porque é um vírus muito agressivo.
Qual faixa etária é mais suscetível à doença?
Grávidas e crianças no início da idade escolar são mais vulneráveis por causa da menor capacidade de reação do organismo a agentes infecciosos.
Uma vez que a doença se instala, é preciso evitar a transmissão para outras pessoas. Devem ter o cuidado para não tossir nem espirrar sem cobrir o rosto, lavar as mãos constantemente, não misturar objetos como: copos, talheres e toalhas com os outros, etc.
Qual é o tratamento mais adequado?
Para a pneumonia bacteriana, quase sempre a base do tratamento são os antibióticos. Já na pneumonia viral, depende do tipo de vírus.
Em ambos os casos, para aliviar os sintomas, são utilizadas medicações para baixar a febre e podem ser indicadas inalações para fluidificar as secreções.
É importante realizar as lavagens nasais com soro fisiológico, manter repouso, ingerir bastante líquido e fazer uma alimentação equilibrada.
Que complicações podem ocorrer?
Mesmo pneumonias tratadas adequadamente podem ter complicações.
Uma delas é o derrame pleural, quando o líquido infectado sai do pulmão e vai para a pleura, membrana que envolve o pulmão. Quando isso acontece, esse líquido precisa ser drenado; se não for, a infeção pode se espalhar pelo corpo e evoluir para uma sépsis (infecção generalizada), que pode levar à morte.
Entre outras complicações possíveis estão a formação de abscessos pulmonares (acúmulos de pus) e bronquiectasias (alargamento dos brônquios).
Quais as medidas preventivas?
As vacinas estão entre as medidas básicas de prevenção. A pneumocócica, que imuniza contra as bactérias do tipo pneumococos, deve ser administrada no segundo, no 4º e no 6º mês, com um reforço no 12º mês.
A partir dos seis meses de vida, os bebés podem tomar a vacina da gripe, que deve ser dada na primeira vez em duas doses e, depois, tomada anualmente no outono.
Manter as crianças afastadas do fumo do cigarro, sobretudo as alérgicas, arejar a casa (mesmo no inverno, é bom deixar as janelas abertas durante um período para que o ar circule) e lavar as mãos com frequência para evitar a contaminação com vírus e bactérias.