A amamentação como proteção da morte súbita do lactente

A Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) é um motivo de preocupação para a maioria dos pais. São várias as medidas preventivas recomendadas em todo o mundo.

Bebés que mamam no peito acordam mais facilmente porque o limiar de despertar é menor, e apesar de isso poder ser uma desvantagem para os pais, porque os bebés tendem a acordar com mais frequência, é algo muito positivo para o bebé. Porque reduz o risco de paragem respiratória, como frequentemente ocorre no caso da síndrome da morte súbita lactente. Além disso, as crianças que são amamentadas costumam dormir no quarto com os pais. E já foi provado que é mais seguro manter o bebé próximo ou no mesmo quarto que os pais.

Já se sabe há algum tempo que a amamentação reduz o risco de SMSL. Isso é confirmado pelos seguintes dados de pesquisa:

  • Após aproximadamente 2 meses, o efeito protetor da amamentação está instalado e reduz o risco de SMSL;
  • Amamentar por um período de mais de 6 meses aumenta esse efeito, e por isso é tão recomendado a amamentação em exclusivo até esta idade.

Devemos ter ainda em consideração mais medidas adicionais que ajudam na prevenção da SMSL:

  • Colocar o bebé a dormir de barriga para cima;
  • Garantir que o bebé consegue respirar pelo nariz;
  • Ambiente seguro para dormir (colchão firme, sem almofadas ou brinquedos fofinhos na cama, temperatura ambiente de 18-20ºC, saco de dormir para bebés em vez de cobertor);
  • Os pais devem evitar consumo de álcool, drogas e tabaco.

Thompson JMD, Tanabe K, Moon RY, Mitchell EA, McGarvey C, Tappin D et al.
Duration of breastfeeding and risk of SIDS: an individual participant data meta- analysis. Pediatrics 2017; 140: e20171324.

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